para amigo IVAM EVALDO KUSSLER
IVAN EVALDO KUSSLER
CORA CORALINA
(1889-1995)
((188-1985)
Cora
Coralina, batizada Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, é um dos
grandes patrimônios culturais de Goiás. Sua obra tardia, impõe-se por
sua singeleza e autenticidade, na figura confessional de Aninha, em
testemunhos de vívida e emocionante prosa poética: transumante de uma
exemplaridade altruísta e otimista. Sofrida pelos preconceitos de seu
tempo, pelas limitações de sua existência, cultivou um saudosismo sem
pieguismo, certa de que os tempos atuais “são infinitamente melhores”,
em sua crença na contemporaneidade e no futuro, não obstante as
mazelas que soube apontar e denunciar.
Estive
com ela, em sua casa da ponte, na altiva Villa-Boa de Goyaz, uma
única e inesquecível oportunidade, no final da década de 70, época em
que prestava serviços às bibliotecas da Universidade Federal de Goiás.
Por certo, foi minha amiga escritora e bibliotecária Marietta Telles
Machado quem me cedeu os primeiros textos da poet(is)a e facilitou o
meu encontro com ela. De lá para cá, Cora Coralina mereceu as honras
de primeira-dama da poesia, em Goiás no restante do Brasil, desde que
Carlos Drummond de Andrade atestou o seu indiscutível talento. Por
sorte, ainda em vida.
ANTONIO MIRANDA
“Mergulhar
na obra de Cora, Aninha, a Mulher Guerreira, a Rapsoda, a Cigarra
Cantadeira e Formiga Diligente (...) é uma lírica, telúrica e
emocionante aventura: é um evocar de dados, lembranças, referências às
nossas raízes e, acima de tudo, esplêndida imagem de uma vida forte e
sabiamente vivida e muito bem expressa na sua palavra poética”.
MARIETTA TELLES MACHADO
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