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Biografia José Régio, de seu verdadeiro nome José Maria dos Reis Pereira, nasce em Vila do Conde, a 17 de Setembro de 1901. Data de 1925 o livro que assinala a sua revelação como poeta, perante o público e a crítica: "Poemas de Deus e do Diabo". Em 1926 forma-se em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, iniciando uma longa carreira como professor no Porto, no liceu Alexandre Herculano. Em 1928, fixa-se em Portalegre, passando aí a leccionar no liceu Mouzinho de Albuquerque, onde se manterá ao serviço durante mais de trinta anos. Em 1927, juntamente com João Gaspar Simões e Branquinho da Fonseca, funda a revista "Presença", de que é colaborador assíduo.Como poeta publicará diversas obras de relevo, como "Fado" (1941), "Mas Deus É Grande" (1945) ou "Cântico Suspenso" (1968). Mas, além da sua consagração entre os principais poetas portugueses contemporâneos, José Régio irá revelar-se ainda como romancista, novelista, ensaísta e dramaturgo, assinando obras de relevo como "Jogo da Cabra Cega (1934), "A Velha Casa" (com cinco volumes, escritos de 1945 a 1966), "Benilde ou a Virgem-Mãe" (escrito em 1947 e adaptado mais tarde ao cinema por Manoel de Oliveira) ou "A Salvação do Mundo" (1955). Morre na mesma terra onde nascera, Vila do Conde, a 22 de Dezembro de 1969. A título póstumo, é-lhe atribuído em 1970 o Prémio Nacional de Poesia pelo conjunto da sua obra poética. Em 1984, o 15 aniversário da sua morte é assinalado com diversas homenagens pelo país. Em Portalegre e Vila do Conde, as casas onde viveu são hoje museus com o seu nome. "In Público Magazine" http://www.terravista.pt/bilene/1380/ilustres.htm Página da cidade de Vila do Conde "José Maria dos Reis Pereira, o futuro José Régio, nasceu em Vila do Conde a 17 de Setembro de 1901 e nesta cidade faleceu a 22 de dezembro de 1969. Filho segundo do casal José Maria Pereira Sobrinho e sua mulher Maria da Conceição Reis, iniciou a Escola Primária, na Meia-Laranja, em 1908, concluindo o ensino primário em 19 de Agosto de 1913, ano em que ingressa no célebre Instituto Secundário, fundado e dirigido pelo padre José Praça, fazendo os exames respectivos no Liceu Rodrigues de Freitas. A 6 de Novembro de 1920 matriculou-se na Universidade de Coimbra, na Faculdade de Letras, instalando-se numa casa da Rua das Flores, nº 37, onde estavam outros conterrâneos, a quem «uma velhota de olhos esbugalhados cobrava o preço da pensão, contando num caderno, um a um, os ovos que lá apontava e que haviam comido «a mais» durante o mês». Rapidamente integrado no ambiente coimbrão e nas tertúlias literárias (é em Dezembro de 1921 que pela primeira vez assina JOSÉ RÉGIO) começa a desenvolver uma intensa actividade literária, com colaboração em revistas de Coimbra e não só. Em 1925 termina o curso de Românicas, com a apresentação da tese de licenciatura: «As correntes e as individualidades na moderna poesia portuguesa». Neste mesmo ano publica o seu primeiro livro: «Poemas de Deus e do Diabo» a que a crítica da época não dedica grande atenção. Em 1927 com João Gaspar Simões e Branquinho da Fonseca, funda a revista «presença - folha de arte e crítica», cujo primeiro número viu a luz do dia a 10 de Março. No ano escolar de 1928-29, leccionou no Liceu Alexandre Herculano, do Porto, não sendo um professor muito assíduo, diga-se de passagem e onde se relacionou com o amigo e desamigo José Marinho. Em 1929 é colocado no Liceu Nacional de Portalegre, de que hoje é patrono, onde exerceu o magistério durante mais de trinta anos. Na «cidade do Alto Alentejo, cercada de serras, ventos penhascos, oliveiras e sobreiros...» José Régio escreveu a maior parte da sua obra, ao mesmo tempo que se dedicava nas deambulações por montes e veredas a arrecadar, para colecção, velharias de toda a espécie, com as quais encheu a sua casa da «Boavista», sobrando ainda para a de Vila do Conde. Régio escrevendo a Jorge de Sena, havia de confessar: «...não sei que estranho feitiço me prende a isto...», referindo-se à cidade que o acolhera. Reformado do ensino em 1962, voltaria para a sua cidade natal - Vila do Conde - onde vinha nas férias escolares para se reunir com a família que sempre tanto amou e com os amigos daqui e da Póvoa de Varzim, onde também os tinha e bons. Sete anos depois de reformado, continuando com grande intensidade a sua vida literária onde foi grande em todos os géneros que cultivou - Romance, Teatro, Novela, Conto, Crítica, Jornalismo, Ensaio, Poesia, faleceu no dia frio de 22 de Dezembro de 1969. Os sinos da Igreja Matriz, aonde bebé de onze dias foi baptizado, dobraram a finados e a triste e dolorosa nova correu por toda a urbe: Morreu José Régio. Hoje, ao recordarmos os 25 anos do seu falecimento, queremos que a celebração seja entendida como um hino de glória à vida de um dos mais altos expoentes da Literatura Portuguesa de sempre." "In «José Régio - Biografia Breve», de A. Monteiro dos Santos, Novembro de 1994". http://www.e-net.com.br/seges/jos.html Jornal de Poesia Pseudônimo literário de José Maria dos Reis Pereira. Nasceu em Vila do Conde, em 1901 e nessa mesma vila faleceu em 1969. Livros de poesia: Poemas de Deus e do Diabo" 1925; Biografia, 1929; As Encruzilhadas de Deus, 1936; Fado, 1941; Mas Deus é grande, 1945; A chaga do Lado, 1954; Filho do Homem, 1961; e Cântico Suspenso, 1968. Outras publicações: Jogo da Cabra-Cega, 1934, e O Príncipe com Orelhas de Burro, 1942; novelas Histórias de Mulheres, 1946 e Há Mais Mundos, 1962, bem como da importante e incompleta "soma" romanesca intitulada A Velha Casa (Uma Gota de Sangue, 1945, As Raízes do Futuro, 1947; Os Avisos do Destino, 1953; As Monstruosidades Vulgares, 1960; Vidas são Vidas, 1966). Da sua atividade de dramaturgo salientam-se, por outro lado, as peças Jacob e o Anjo, 1940; Benilde ou a Virgem-Mãe, 1947; El-Rei Sebastião, 1949; e Três Peças em Um Acto, 1957, Finalmente, como ensaísta, Ensaios de Interpretação Crítica, 1964 e Três Ensaios sobre Arte, 1967.
fonte: http://joseregio.blogspot.com/2004/07/biografia.html